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Saiba tudo sobre redes ópticas passivas incluindo os diferentes tipos de PON, as diversas aplicações de PONs, benefícios da PON, arquitetura da PON e muito mais!
O que é uma rede óptica passiva?
Uma rede óptica passiva (PON) é uma rede de fibra óptica que utiliza topologia de ponto a multiponto e divisores ópticos para fornecer dados de um único ponto de transmissão a múltiplos pontos para usuários finais. Passivo, neste contexto, refere-se à condição sem energia na fibra e nos componentes de divisão/combinação.
Diferentemente de uma rede óptica ativa, a energia elétrica é necessária somente nos pontos de transmissão e de recepção, tornando a PON inerentemente eficiente do ponto de vista de custo operacional. Redes ópticas passivas são utilizadas para transmitir sinais simultaneamente nas direções upstream e downstream para e de pontos finais de usuários.
Componentes e dispositivos de redes ópticas passivas
A fibra óptica e os divisores são os verdadeiros blocos de construção “passivos” da PON, que não necessitam de energia elétrica. Divisores ópticos não são seletivos em termos de comprimento de onda e simplesmente dividem os comprimentos de quaisquer ondas ópticas na direção downstream e, claro, a divisão de um sinal óptico não implica em perda de energia dependendo do número de vias em que o sinal é dividido. Divisores não requerem resfriamento ou outro tipo de manutenção contínua, típica de componentes de redes ativas (como amplificadores ópticos), e podem durar por décadas se forem deixados intocados. Além dos componentes passivos, dispositivos finais ativos são necessários para criar integralmente a rede PON.
O terminal de linha óptica (OLT) é o ponto de partida de uma rede óptica passiva. Ele é conectado a um core de comutação por meio de dispositivos Ethernet plugáveis. A função primária do OLT é converter, enquadrar e transmitir sinais para a rede PON e coordenar a multiplexação do terminal de rede óptico (ONT) para a transmissão upstream compartilhada. Você também pode ver os dispositivos de usuário final denominados como unidade de rede óptica (ONU), simplesmente uma terminologia diferente entre as duas principais entidades normativas, a ITU-T que utiliza ONT e a IEEE que utiliza ONU. Os dois termos são efetivamente intercambiáveis, porém dependem do serviço de PON e da norma que está sendo utilizada (veja abaixo).
O ONT é o dispositivo energizado do sistema da rede óptica passiva na extremidade oposta (do usuário) da rede e inclui portas Ethernet para conectividade no dispositivo da residência ou na rede.
Arquitetura da rede óptica passiva
Redes PON adotam uma arquitetura P2MP (de um ponto a múltiplos pontos) que utiliza divisores ópticos para dividir o sinal de um único OLT em múltiplos caminhos downstream até os usuários finais. Os mesmos divisores combinam os múltiplos caminhos upstream dos usuários finais de volta ao OLT.
A arquitetura de um ponto a múltiplos pontos foi selecionada como a arquitetura PON mais viável para redes de acesso óptico com as eficiências inerentes do compartilhamento de fibra e baixo consumo de energia. Essa arquitetura foi padronizada em 1998 por meio da especificação ATM-PON G.983.1.
Atualmente, a norma ITU-T G.984 para G-PON substituiu a norma ATM, pois o modo de transferência assíncrono (ATM) não é mais utilizado.
Uma rede PON começa com o terminal de linha óptico (OLT) no local da fonte do provedor de serviço, tipicamente conhecido como escritório local ou central, ou algumas vezes denominado como Exchange ou headend. Deste ponto, o cabo alimentador de fibra óptica (ou alimentador de fibra) é roteado para um divisor passivo, junto com uma fibra reserva, se utilizada. Fibras de distribuição são conectadas dos divisores a um terminal de derivação, que pode estar localizado em um armário de rua ou em um alojamento reforçado, montado em uma vala, ou em um poste telegráfico ou mesmo na lateral de um edifício. Fibras drop fornecem a conexão final, ponto a ponto, da porta do terminal de derivação para um ONT/ONU de usuário. Em alguns casos, são utilizados mais de um divisor em série; isto é denominado de arquitetura de divisores em cascata.
Os sinais transportados na fibra do alimentador podem ser divididos em até 256 usuários para fornecer serviço, com um ONU ou ONT convertendo os sinais e fornecendo acesso à internet aos usuários finais. O número de vias do sinal OLT downstream que é dividido antes de atingir o usuário final é denominado de razão do divisor ou razão de divisão (p.ex. 1:32 ou 1:64).
Em configurações mais complexas em que o vídeo está sendo transmitido via RF, em paralelo ao serviço de dados PON, ou serviços PON adicionais coexistem na mesma rede PON, são usados combinadores passivos (MUX) no escritório central/local para unir o comprimento de onda da camada de vídeo e os comprimentos de onda do serviço PON adicional no OLT de saída da fibra alimentadora.
Operação de rede óptica passiva
Uma inovação integral à operação da PON é a multiplexação da divisão de onda (WDM), usada para separar os fluxos de dados com base no comprimento de onda (cor) da luz laser. Um comprimento de onda pode ser utilizado para transmitir dados downstream enquanto outro é utilizado para transportar dados na direção upstream. Esses comprimentos de onda dedicados variam dependendo da norma PON em uso e podem estar presentes simultaneamente na mesma fibra.
O acesso à múltipla divisão de tempo (TDMA) é outra tecnologia utilizada para alocar a largura de banda upstream até cada usuário final durante um tempo específico, que é gerenciado pelo OLT, prevenindo colisões de comprimento de onda/dados nos divisores da PON ou no OLT devido à múltiplos ONT/ONU transmitindo dados na direção upstream ao mesmo tempo. Isto também é conhecido como transmissão em modo de rajada para a PON upstream.
Tipos de serviço de PON
Desde a sua introdução na década de 1990, a tecnologia PON continuou a evoluir e múltiplas variações da topologia de rede PON ganharam forma. As normas originais para rede óptica passiva, APON e BPON, deram lugar gradualmente aos benefícios da largura de banda e de desempenho geral das versões mais novas.
Aplicações PON
Uma PON é denominada algumas vezes como o “último quilômetro” entre o provedor e o usuário ou a fibra ao X (FTTX), sendo que o “X” representa residência (FTTH), edifício (FTTB), instalações (FTTP) ou outro local, dependendo de onde a fibra óptica é terminada. Até o momento, fibra até a residência (FTTH) é a principal aplicação para PON.
A infraestrutura reduzida de cabeamento (sem elementos ativos) e os atributos de transmissão de mídia flexível das redes ópticas passivas fizeram dela a opção ideal para internet doméstica e aplicações de voz e vídeo. A tecnologia PON continua a melhorar e as aplicações em potencial também expandiram.
A implementação de 5G continua e as redes PON encontraram uma nova aplicação com a fronthaul 5G. Fronthaul é a conexão entre o controlador da banda base e a unidade de rádio remota na rede móvel.
Devido às demandas de largura de banda e latência impostas pela 5G, utilizar redes PON para concluir as conexões fronthaul pode reduzir a quantidade de fibras e melhorar a eficiência sem abrir mão do desempenho. Da mesma forma que o sinal de origem é dividido entre os usuários para FTTH, o sinal das unidades de banda base pode ser distribuído para uma matriz de unidades de rádio remotas.
Aplicações adicionais, bem adequadas às redes ópticas passivas, incluem campi universitários e ambientes comerciais. Para aplicações em campi universitários, as redes PON produzem vantagens perceptíveis em relação a velocidade, consumo de energia, confiabilidade e distâncias de acesso, mas principalmente de custo de construção/implementação e operação contínua.
A PON habilita a integração das funções do campus como gestão predial, segurança e estacionamento, com poucos equipamentos, cabeamento e sistemas administrativos dedicados. Da mesma forma, complexos empresariais de médio e grande porte podem usufruir os benefícios imediatos da implementação da PON, com custos reduzidos de instalação e manutenção afetando diretamente os resultados financeiros.
Aplicações de redes ópticas passivas
Limitações das redes ópticas passivas
Em geral, os benefícios inerentes das redes ópticas passivas superam substancialmente essas limitações.
Conforme a tecnologia continua a melhorar, as vantagens estratégicas e econômicas da implantação da PON tornam-se mais atraentes. Os desafios estão sendo tratados pelos projetistas das futuras gerações, incluindo maior capacidade de range e razão de divisão mais elevada para reduzir ainda mais os gastos com cabos. Essas melhorias, combinadas com velocidades que agora chegam a 10 Gbps e até mais, vão ajudar a continuar a expansão de redes ópticas passivas em cidades, universidades, hospitais e corporações inteligentes que formam o mundo conectado do futuro.
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